domingo, 30 de novembro de 2008

Velha arvore madura

Então tá, né? Aí vão mais dois poemas para compensar os dois dias sem poemas.

Velha arvore madura

Tenho um sonho herdado
Das árvores
São elas que me fazem
Entrar em contato
Com a permanência

Porque a raiz é a filha
Do séculos

A terra sabe disso
Por isso nasce as árvores

Cada folha que cai
Envelhece as arvores
Cada vento que passa
Torna as arvores mais maduras

E arvores maduras
Entendem os frutos da terra
Assim como Gide as entende



Noturno

Meus olhos mergulham noite adentro
Depois emergem do profundo
Como pássaros na sombra
Ouço cantos
Eles anunciam a lucidez do dia
E enquanto adormeço serenamente
A claridade vai imaginando o amanhecer

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