sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Isaura


Para Ondjaki e Luís Bernardo Honwana
Isaura
Isaura,
Pousa também teus olhos
Nas chagas do mundo
Depois concede teu abraço triste
No azul opaco e profundo
Que paira nos olhos desta vida
Empresta tua singeleza
E enlaça novamente
Um cão tinhoso
Coteja uma lágrima
Nesta terra fria
E ressuscita um cão sonhoso

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