Caverna
Quando escrevo uma tristeza
É porque meus sentidos vão bem
Poemas não sofrem
Quem sofre são os homens
E os seus delírios
Uma dor não pode ser publicada
Quando escrevo uma tristeza
Tateio Platão
Vou tateando a caverna
Até esbarrar numa palavra
Depois saio a cata
De um isqueiro e de uma vela
Que me ilumine paredes e versos
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