segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Um poema também morre

Para Monsieur Teste e Paul Valéry

Um poema também morre

Um poema também morre
Quando, no fundo da estante,
Permanece fechado

Um poema morre
Quando a poeira conforta suas palavras
Ou quando o esquecimento é sua rotina

A morte de um poema
É a palavra de abismo
É a perda dos sentidos

Fim intelectual
Marcha fúnebre do sentimento

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