segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Elogio ao instante

Elogio ao instante

O instante desaba sobre meus ombros
E sinto uma vontade chorar

Tenho nos olhos resquícios de tristeza

Vazios preenchem meu corpo
Como lírios transparentes

O tempo já sabe as borboletas
Por isso as torna infinitas
Em duas semanas

O tempo sabe ausência do amor

Os homens nascem para a eternidade
E só deixam de ser eternos
Quando deixam de amar

Sinto uma dor
Ao saber que o instante
Nos dias de hoje,
É sempre passado

Mas toda a existência é um instante

Em tempos como estes
Em que o instante não existe
Em que a rapidez
É o que persiste

Resistir é que nos resta.

Resistir é amar.

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