Salvo
Não escrevo poemas
Para me ajudar
Poemas nunca me ajudaram
Em nada
Um poema nunca me deu um auxílio
A poesia não serve para isso
Um poema não pode ajudar ninguém
Mas um poema pode nos salvar
Todos os dias
Porque há um abismo entre ajudar e salvar
Ser salvo é abandonar-se nas mãos de Deus
Hoje me abandonei novamente nas mãos da poesia
Mas não escrevo apenas para ser salvo
Escrevo também para equilibrar o sol no horizonte
Escrevo para dilatar minhas pupilas
E reconhecer a realidade de um sonho
2 comentários:
"Com música forte eu venho,
com minhas cornetas e meus tambores:
não toco hinos só para os vencedores consagrados
toco hinos também para as pessoas batidas e assassinadas."
Walt Whitman
Canta a ti mesmo - como Whitman - e te salvarás da danação da mediocridade. Muito tri teu blog, Jeferson. Demorei para visitá-lo, mas agora o fiz e teus textos estão ótimos. Visita o nosso também - usamos ele como amparo às nossas aulas de Literatura e Língua Portuguesa:
www.devaneioliterario.blospot.com
Um abraço e boas férias!
Uma pequena ressalva:
www.devaneioliterario.blogspot.com
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