Estou a olhar para mar
E o desamparo é inevitável
Diante de águas infinitas
A espuma é uma intuição fugaz
No movimento de cada onda
Minha infância se apruma e respira
Há homens que sabem olhar para um oceano
Eu não, só sei sentir
Enquanto isso,
Apenas planejo um mergulho
Simples, sossegado e profundo
Até que minha memória arqueje
Aos pés da criança que fui
O mar nasce é nos olhos da infância
Meu desamparo é uma ilha
Nascendo no mar
Nenhum comentário:
Postar um comentário