sábado, 20 de dezembro de 2008

Desamparo

Estou a olhar para mar
E o desamparo é inevitável
Diante de águas infinitas

A espuma é uma intuição fugaz

No movimento de cada onda
Minha infância se apruma e respira

Há homens que sabem olhar para um oceano

Eu não, só sei sentir

Enquanto isso,
Apenas planejo um mergulho

Simples, sossegado e profundo

Até que minha memória arqueje
Aos pés da criança que fui

O mar nasce é nos olhos da infância

Meu desamparo é uma ilha
Nascendo no mar

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